Uma
pessoa me perguntou qual é a minha válvula de escape e qual é a situação, o
objeto ou qualquer outra coisa que faz meu coração voltar a bater, que faz meu
coração pulsar de alegria, felicidade e entusiasmos como nunca já sentido
antes. Na hora eu não soube responder o que era, eu não soube dizer se “eu”
tinha uma válvula de escape, fiquei tentando buscar o que era, mas não consegui
eu parecia ser tão inútil, fútil e vazia que acreditava que eu não tivesse nada
que pudesse fazer meu coração reviver, que pudesse arder com tanta intensidade
que seria possível ser comparado com o Sol, que eu fosse tão desnecessária do
mundo que eu não acreditava não ter ao menos um coração...
Mas
há poucos dias eu descobri que o jeito mais simples, fácil e surpreendentemente
incrível de fazer meu coração bater com um entusiasmo jamais visto é
absolutamente por qualquer coisa... Eu descobri que meu coração pode bater como
o de um pássaro que acaba de iniciar seu primeiro voo sem os pais, que pode
chegar a bater com mais raiva do que o do Dr. Banner, descobri que meu coração
pode se encher de emoção e melancolia quando observado o Sol, a Lua ou qualquer
outra paisagem que faça-me lembrar qualquer época da minha vida, descobri que meu coração pode ser tão sereno
e delicado como o de uma pluma ou até mesmo um anjo, descobri que meu coração
pode bater com tanta intensidade quando assistido qualquer filme que me proíba
de analisar o que pode acontecer no decorrer dele, descobri que meu coração pode se encher
de alegria quando a gargalhada sai da minha garganta com tanto alivio e
gratidão por poder deixarem os outros verem isso que é possível sentir minha
alma se sentir em paz e ternamente feliz por proporcionar as pessoas que vejam
meu lado descontraído e humano...
Descobri
que eu amo as pequenas coisas da vida, que eu fico feliz por ver que eu ainda
não morri como a maior parte do meu tempo,
fico grata por ver que eu ainda gosto de brincar de criar imagens no
céu, gosto de ver que eu ainda sou encantada por notar que eu ainda observo o
céu, o Sol e a Lua quando estou caminhando, fico feliz por ver que eu ainda
vivo nem que seja alguns segundos por dia, fico feliz por ver que a minha alma
ainda não desistiu de min e que eu ainda tenho algo a mostrar para os outros se
isso é bom ou ruim prefiro imaginar no momento, fico impressionada com a
determinação da minha alma de me manter SEMPRE viva e de me mostrar que eu
ainda tenho algo humano e que eu tenho as palavras ao meu favor.
Porém
um lado da minha mente não gosta de ver que sou tão vulneral que facilmente as
pessoas podem descobrir que eu choro por qualquer coisa até por uma palavra mal
colocada, até por algo mal feito. Uma parte de min não gosta de ver como eu
posso ser tão frágil e fraca como um cristal, como qualquer porcelana que ao
acariciar o chão se espatifa e se espalha por todos os lados e que os fragmentos
caídos ao chão não serão mais possíveis
ser reconstruídos e nem ao menos jogados fora por completo!
Ai
vem às famosinhas perguntas: “Por que você não possibilita que as pessoas
enxerguem isso? Por que você simplesmente não mostra o que você é de verdade?
Por que você fica se escondendo por traz do orgulho, da arrogância, do
autoritarismo, da desumanidade? Por que você simplesmente não mostra isso aos
outros já que você quer tanto ajuda-los? Por medo?”.
Não
sei se é por medo ou se é por vergonha, mas eu acredito que seja para que eu me
preserve isso pode ser considerado egoísmo, mas eu nunca disse que por mais que
eu queira ajudar as pessoas, de não querer que elas sejam como eu, nunca disse
que eu não tinha defeitos, nunca quis esconde-los pelo contrario, sempre os
mantive bem claros para que as pessoas não me julguem como mentirosa, por mais
que eu seja, mas isso acontece em outro aspecto. Eu não quero que por mais que
o que eu faça seja bem intencionado seja visto como se eu quisesse ser uma anjo
ou algum tipo de santa...Eu só quero que as pessoas vejam que os caminhos
seguidos podem nós fazer nós arrepender tarde demais, e ao contraio do que as
pessoas pensam eu quero ser marcadas pelos meus defeitos, quero que as pessoas
enxergue-os e vejam que eu não sou perfeita e que eu não tenho medo se eles
imaginarem que eu me importo pelas imperfeições adquiridas por anos de
sofrimento, dor ou algo do gênero.
Eu
nunca me importei por ter defeitos e sim por ter qualidade eu preferia ser
desumana “literalmente” a me importar com as pessoas e ter agir como eu ajo e
depois ter que responder questões que só dizer respeito à min e mais ninguém.
As pessoas tem que entender que só porque eu quero o bem delas, que só porque
eu não quero que elas se tornem como eu, que eu as quero na minha vida que só
por isso eu não tenho defeitos e que por mais que elas achem que minhas
qualidades encubram meus defeitos eu não quero ser marcada pelas minhas ótimas
aptidões.
“Eu
não quero ser marcada por ser uma pessoa revolucionaria, eu quero ser marcada
como uma pessoa arrogante que tinha uma puta sorte”.
-
Irônica Sentimental
Nenhum comentário:
Postar um comentário