domingo, 27 de outubro de 2013

As coisas boas que você faz não são mais do que a sua obrigação


Uma pessoa me perguntou qual é a minha válvula de escape e qual é a situação, o objeto ou qualquer outra coisa que faz meu coração voltar a bater, que faz meu coração pulsar de alegria, felicidade e entusiasmos como nunca já sentido antes. Na hora eu não soube responder o que era, eu não soube dizer se “eu” tinha uma válvula de escape, fiquei tentando buscar o que era, mas não consegui eu parecia ser tão inútil, fútil e vazia que acreditava que eu não tivesse nada que pudesse fazer meu coração reviver, que pudesse arder com tanta intensidade que seria possível ser comparado com o Sol, que eu fosse tão desnecessária do mundo que eu não acreditava não ter ao menos um coração...
Mas há poucos dias eu descobri que o jeito mais simples, fácil e surpreendentemente incrível de fazer meu coração bater com um entusiasmo jamais visto é absolutamente por qualquer coisa... Eu descobri que meu coração pode bater como o de um pássaro que acaba de iniciar seu primeiro voo sem os pais, que pode chegar a bater com mais raiva do que o do Dr. Banner, descobri que meu coração pode se encher de emoção e melancolia quando observado o Sol, a Lua ou qualquer outra paisagem que faça-me lembrar qualquer época da minha vida,  descobri que meu coração pode ser tão sereno e delicado como o de uma pluma ou até mesmo um anjo, descobri que meu coração pode bater com tanta intensidade quando assistido qualquer filme que me proíba de analisar o que pode acontecer no decorrer  dele, descobri que meu coração pode se encher de alegria quando a gargalhada sai da minha garganta com tanto alivio e gratidão por poder deixarem os outros verem isso que é possível sentir minha alma se sentir em paz e ternamente feliz por proporcionar as pessoas que vejam meu lado descontraído e humano...
Descobri que eu amo as pequenas coisas da vida, que eu fico feliz por ver que eu ainda não morri como a maior parte do meu tempo,  fico grata por ver que eu ainda gosto de brincar de criar imagens no céu, gosto de ver que eu ainda sou encantada por notar que eu ainda observo o céu, o Sol e a Lua quando estou caminhando, fico feliz por ver que eu ainda vivo nem que seja alguns segundos por dia, fico feliz por ver que a minha alma ainda não desistiu de min e que eu ainda tenho algo a mostrar para os outros se isso é bom ou ruim prefiro imaginar no momento, fico impressionada com a determinação da minha alma de me manter SEMPRE viva e de me mostrar que eu ainda tenho algo humano e que eu tenho as palavras ao meu favor.
Porém um lado da minha mente não gosta de ver que sou tão vulneral que facilmente as pessoas podem descobrir que eu choro por qualquer coisa até por uma palavra mal colocada, até por algo mal feito. Uma parte de min não gosta de ver como eu posso ser tão frágil e fraca como um cristal, como qualquer porcelana que ao acariciar o chão se espatifa e se espalha por todos os lados e que os fragmentos caídos ao chão não serão mais  possíveis ser reconstruídos e nem ao menos jogados fora por completo!
Ai vem às famosinhas perguntas: “Por que você não possibilita que as pessoas enxerguem isso? Por que você simplesmente não mostra o que você é de verdade? Por que você fica se escondendo por traz do orgulho, da arrogância, do autoritarismo, da desumanidade? Por que você simplesmente não mostra isso aos outros já que você quer tanto ajuda-los? Por medo?”.
Não sei se é por medo ou se é por vergonha, mas eu acredito que seja para que eu me preserve isso pode ser considerado egoísmo, mas eu nunca disse que por mais que eu queira ajudar as pessoas, de não querer que elas sejam como eu, nunca disse que eu não tinha defeitos, nunca quis esconde-los pelo contrario, sempre os mantive bem claros para que as pessoas não me julguem como mentirosa, por mais que eu seja, mas isso acontece em outro aspecto. Eu não quero que por mais que o que eu faça seja bem intencionado seja visto como se eu quisesse ser uma anjo ou algum tipo de santa...Eu só quero que as pessoas vejam que os caminhos seguidos podem nós fazer nós arrepender tarde demais, e ao contraio do que as pessoas pensam eu quero ser marcadas pelos meus defeitos, quero que as pessoas enxergue-os e vejam que eu não sou perfeita e que eu não tenho medo se eles imaginarem que eu me importo pelas imperfeições adquiridas por anos de sofrimento, dor ou algo do gênero.
Eu nunca me importei por ter defeitos e sim por ter qualidade eu preferia ser desumana “literalmente” a me importar com as pessoas e ter agir como eu ajo e depois ter que responder questões que só dizer respeito à min e mais ninguém. As pessoas tem que entender que só porque eu quero o bem delas, que só porque eu não quero que elas se tornem como eu, que eu as quero na minha vida que só por isso eu não tenho defeitos e que por mais que elas achem que minhas qualidades encubram meus defeitos eu não quero ser marcada pelas minhas ótimas aptidões.
“Eu não quero ser marcada por ser uma pessoa revolucionaria, eu quero ser marcada como uma pessoa arrogante que tinha uma puta sorte”.


- Irônica Sentimental 

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